Primeiramente é bom saber que a rede de transporte público em Paris é baseada em 'conexões' ou 'baldeações'. Ou seja, não é raro ter que pegar três linhas para chegar no ponto desejado´, já que nem todos as linhas passam em todas as estações. Imagino que por isso mesmo, os trens são bem frequentes, por exemplo, a cada dois minutos.
Por dentro, cada estação é um labirinto de túneis e escadas. Não há escadas rolantes em todas as plataformas, eu diria até que é raro ter escada rolante. Fiquei muito curiosa para saber como as pessoas com mobilidade reduzida e cadeirantes usam o metrô.
Quanto a velocidade de trajeto, levando em consideração as caminhadas dentro das estações e o uso do metrô, diria que é rápida. Dificilmente passaria de 20 minutos no total.
Toda a rede metropolitana é dividida em zonas, sendo que os pontos turísticos ficam todos na zona 1. Apenas o Versailles que não, se eu não me engano, é na zona 4. Os tickets para a zona 1 são baratos, menos de 2 Euros em outubro de 2012.
Infelizmente, o sistema tem seus pontos negativos na sujeira e na segurança. Houve um dia em nosso passeio, que um mendigo estava deitado nos bancos da plataforma, sujo de vômito e urinando. Nesse mesmo momento, aconteceu algum 'engarrafamento' nos túneis, os trens atrasaram e os passageiros começavam a se amontoar. Quando o trem em direção oposta, parou em nossa frente e todos seu passageiros tiveram que descer, eu fiquei com muito medo da multidão e decidir sair da estação e ir a pé.
Alguns dias nós vimos as gangues de jovens do Leste Europeu e nunca vimos policiais nas estações.
Talvez comparado com o sistema público de transporte de muitas cidades brasileiras o modelo parisiense seja bom, porém como estou há uns meses na Alemanha, numa cidade que foi reconstruída após a II Guerra e reformada para a Copa do Mundo de 2006, não me agradou e não vi as qualidades sobre as quais eu tinha lido em outros blogs.