terça-feira, 28 de outubro de 2014

Serviço público: por que precisamos da estabilidade?

Como alusão ao dia do servidor público, vou esclarecer a minha opinião sobre temas que sempre vem a tona: estabilidade, CCs, salário constante.

Começando pelo fim: quem de nós nunca ouviu "vida mansa, hein, chova ou faça sol, teu salário sempre vem"? Primeiro, poucos profissões tem sua remuneração de acordo com a meteorologia.

Seguindo, sim, sempre vem -  e sempre o mesmo. E é aí que está o outro lado da história, você não pode pedir aumento para o chefe, mesmo se você implementar um sistema que gere muita economia, você não receberá bônus no fim do ano (sim, em alguns projetos-piloto, tem bonificações para professores do ensino fundamental).

Para ter um aumento, tem um enorme processo, negociações, e dificilmente vem sem greve. Ainda mais para os técnicos-administrativos educação, a categoria mais numerosa do serviço público - então um aumento de R$ 10, seria irrelevante para cada um de nós e uma bolada pro governo.

Por fim, se você estiver passando por um momento de aperto na vida, não terá como trabalhar mais, fazer horas extras, pegar plantões, como seria viável na iniciativa privada.


Nesses eleições voltou a tona a questão da meritocracia e da estabilidade. Pois bem, esta é o freio de segurança contra os CCs. Se não fôssemos estáveis, a cada mudança de partido todos os 'rivais' seriam demitidos e só entrariam os amigos do rei. Enfim, todos seriam cargos em comissão.

Nós sabemos que existe abuso de poder em todas as esferas e níveis, então eu temo que onde tivesse um caso em que fosse fácil demitir, ocorresse uma forçação para enquadrar nele todos os opositores, para poder legalmente tirá-los do caminho.

E isso não seria só ruim para os então servidores, mas para a população que seria atendida por pessoas menos preparadas. Apesar de a maioria dos cargos serem de nível médio, a experiência e os treinamentos, nos preparam e nos tornam o mais eficiente que a máquina permite.

Outro dia, li um artigo, creio que do William Douglas, falando que os concursos públicos roubam talentos que poderiam impulsionar o desenvolvimento do mercado. Logo, temos talentos, não somos os preguiçosos que passaram porque foram indicados.

E sim, somos eficientes, temos boa vontade - com certeza, no mínimo 80% dos servidores que eu conheço dão o seu melhor e não fazem corpo mole.

Claro, não estou dizendo que está bom como está e que não deve mudar. A máquina é muito confusa, a lei, infelizmente, tem que criar 'entraves' para tentar impedir desvios.

Já fugindo do tema, eu comento isso sobre as licitações: para impedir a 'roubalheira' tem que se quebrar o processos em tantas partes, para que cada servidor não tenha como roubar, que ficam inúmeras etapas e o processo lentíssimo.

Enfim, parabéns para nós!

terça-feira, 29 de julho de 2014

NY dos seriados

Fonte da foto aqui.

New York é um plano de fundo recorrente para vários seriados e é inevitável, depois de algumas temporadas, ter uma visão da vibe da cidade.
Vou listas algumas séries a que assisto e a maneira que elas mostram a cidade (na minha opinião, óbvio)



Seinfeld
Meu primeiro e maior amor seriadístico, até hoje comento coisas 'que aprendi com o meu amigo Jerry'.
Aqui conhecemos os personagens mais esquisitos, muquiranas e 'de cidade pequena'. Explico: tem a sapataria 'da mami e do papi', o carteiro manipulador, a lavanderia que usa as roupas dos clientes.
Em geral,  parece um pequeno bairro residencial. Também pudera, a maioria das cenas da rua foi gravada num único quarteirão cenográfico.
É recorrente a citação do mercado imobiliário e a dificuldade em encontrar um apartamento.

Sex and the City
A cidade é um personagem com direito a nome no título. O lifestyle dos novaiorquinos é discutido em cada episódio, principalmente o comportamento sexual.
A idéia passada é das lojas de grife, da grandiosidade da cidade, do parque, dos táxis.  É a cara da riqueza.
Também reclamam dos imóveis mas as personagens se mudam bastante e pegam o corretor.

Law and Order: Special Victims Unit
Estupro. Muitos maníacos sexuais, criminosos seriais e essas coisas de sempre, sex and hate offenders. E claro, uma polícia bem intencionada, rapida e com o carão da Olivia Benson.

Two Broken Girls
Hipsters pobres.

Fringe
A passagem pro outro universo.

Person of Interest
Muita tramóia, muito tiro, russos, câmeras, escutas...
Muito tapume na frente dos prédios e em geral é ai que os crimes acontecem.
And prepertadors.

30 Rock
Rockfeller Center, pista de gelo, coffee to go.

Todo mundo odeia o Chris
Se diferencia por mostrar o Brooklyng. Mães violentas, vizinhos violentos, maridos com dois empregos.

Revenge (ah, o vingancinha)
Riqueza, carão, sistemas fáceis de invadir, pazada na cara, ressucitação, tramóia.



segunda-feira, 28 de julho de 2014

Vestibular, uma década depois (ou a versão atual dele)

Já arranco avisando que esse post é bem pessoal, quase nada informativo. É que eu venho pensando bastante nessa experiência e queria colocá-la no papel. Como sei que eu perderia o papel, prefiro fazer de maneira virtual e publico por inúmeras razões (ego, vício em dopamina, tentativa de me aproximar das pessoas, e quem sabe ajudar alguém que esteja em dúvida se vale ou não a pena voltar a estudar).

Decidi escrever em tópicos, let's go.

A decisão de fazer faculdade:
Em 2004:
Era o caminho natural das coisas, depois de um ensino médio em uma boa escola, fazer a faculdade (que acabou sendo na mesma escola). Nem cogitei não fazer, aliás, eu tinha 16, não queria trabalhar e parar de estudar. Queria ser alguém.

Em 2014: De fato, a decisão foi em 2010 quando eu terminei a especialização, gostei da área e achei que poderia ser feliz com isso. Ai, essa história é longa. Eu me formei em Tecnologia em Sistemas de Telecomunições. Na verdade, eu nunca gostei, só não larguei porque não tinha nada melhor em vista. Assim, não fui trabalhar na área, prestei concurso público e trabalho na UFPel. Na nossa carreira, temos um incentivo qualificação em percentual no salário para quem é especialista. Assim fiz a pós em Gestão Pública. No início, era só pelo incentivo mesmo, mas ao fazer o artigo final, vi que gostei da área. E decidi fazer a graduação em Administração porque já estava cansada de ouvir "Tecnologo? e não vais fazer uma faculdade de verdade?" Apesar disso já que sentia velha e cansada demais para estudar 'de verdade' e prestar vestibular. Por isso fui para uma particular a distância. Quando fui para a Alemanha, tranquei a matrícula (ou achei que era isso que eu estava fazendo). Na volta tive dificuldade de trocar para a universidade federal e acabei acatando o enem.

.A preparação:
Em 2004: Fiz cursinho preparatório conforme mandava o figurino. Na verdade, era uma droga de curso, com estagiários do segundo semestre das licenciaturas que sabiam, em alguns casos, menos que eu. Mas cumpriu seu papel.

Em 2014: Nenhuma. Mentira, eu comprei uma apostila, mas não ali nada, apenas aprendi por osmose.

A escolha do curso:
Em 2004: 
Escolhi o tecnólogo que parecia menos pior

Em 2014: Graças ao SISU ainda não escolhi. Agora a escolha só se dá depois da revelação das notas e ainda é possível trocar. Meio tipo bolsa de valores, o candidato vai vendo os valores de corte e trocando, fica nessa festinha (sqn) durante uma semana. Mas estou bem em dúvida entra Administração e Economia. A primeira eu acho que é um curso mais fácil e também com mais emprego e a segunda eu acho mais divertida. (esse texto foi escrito em janeiro, no fim das contas optei por economia)

Planos para o futuro:
Em 2004: 
Eu não tinha a mínima ideia de como funcionava a academia. Na minha família, apenas minha tia era formada. Eu não sabia quais as possibilidades, o que era monitoria, iniciação científica (depois o CEFET, começou seu programa e eu participei - meio sem saber pra quê), quais eram as perspectivas futuras de mestrado, doutorado. Estudando pensando apenas no mercado de trabalho, acabei me formando assustada e fugi para o serviço público.

Em 2014: Mais ciente do processo, já ando pensado num mestrado, quem sabe. E levo em consideração os projetos paralelos da graduação, por isso desisti da faculdade a distância.