segunda-feira, 28 de julho de 2014

Vestibular, uma década depois (ou a versão atual dele)

Já arranco avisando que esse post é bem pessoal, quase nada informativo. É que eu venho pensando bastante nessa experiência e queria colocá-la no papel. Como sei que eu perderia o papel, prefiro fazer de maneira virtual e publico por inúmeras razões (ego, vício em dopamina, tentativa de me aproximar das pessoas, e quem sabe ajudar alguém que esteja em dúvida se vale ou não a pena voltar a estudar).

Decidi escrever em tópicos, let's go.

A decisão de fazer faculdade:
Em 2004:
Era o caminho natural das coisas, depois de um ensino médio em uma boa escola, fazer a faculdade (que acabou sendo na mesma escola). Nem cogitei não fazer, aliás, eu tinha 16, não queria trabalhar e parar de estudar. Queria ser alguém.

Em 2014: De fato, a decisão foi em 2010 quando eu terminei a especialização, gostei da área e achei que poderia ser feliz com isso. Ai, essa história é longa. Eu me formei em Tecnologia em Sistemas de Telecomunições. Na verdade, eu nunca gostei, só não larguei porque não tinha nada melhor em vista. Assim, não fui trabalhar na área, prestei concurso público e trabalho na UFPel. Na nossa carreira, temos um incentivo qualificação em percentual no salário para quem é especialista. Assim fiz a pós em Gestão Pública. No início, era só pelo incentivo mesmo, mas ao fazer o artigo final, vi que gostei da área. E decidi fazer a graduação em Administração porque já estava cansada de ouvir "Tecnologo? e não vais fazer uma faculdade de verdade?" Apesar disso já que sentia velha e cansada demais para estudar 'de verdade' e prestar vestibular. Por isso fui para uma particular a distância. Quando fui para a Alemanha, tranquei a matrícula (ou achei que era isso que eu estava fazendo). Na volta tive dificuldade de trocar para a universidade federal e acabei acatando o enem.

.A preparação:
Em 2004: Fiz cursinho preparatório conforme mandava o figurino. Na verdade, era uma droga de curso, com estagiários do segundo semestre das licenciaturas que sabiam, em alguns casos, menos que eu. Mas cumpriu seu papel.

Em 2014: Nenhuma. Mentira, eu comprei uma apostila, mas não ali nada, apenas aprendi por osmose.

A escolha do curso:
Em 2004: 
Escolhi o tecnólogo que parecia menos pior

Em 2014: Graças ao SISU ainda não escolhi. Agora a escolha só se dá depois da revelação das notas e ainda é possível trocar. Meio tipo bolsa de valores, o candidato vai vendo os valores de corte e trocando, fica nessa festinha (sqn) durante uma semana. Mas estou bem em dúvida entra Administração e Economia. A primeira eu acho que é um curso mais fácil e também com mais emprego e a segunda eu acho mais divertida. (esse texto foi escrito em janeiro, no fim das contas optei por economia)

Planos para o futuro:
Em 2004: 
Eu não tinha a mínima ideia de como funcionava a academia. Na minha família, apenas minha tia era formada. Eu não sabia quais as possibilidades, o que era monitoria, iniciação científica (depois o CEFET, começou seu programa e eu participei - meio sem saber pra quê), quais eram as perspectivas futuras de mestrado, doutorado. Estudando pensando apenas no mercado de trabalho, acabei me formando assustada e fugi para o serviço público.

Em 2014: Mais ciente do processo, já ando pensado num mestrado, quem sabe. E levo em consideração os projetos paralelos da graduação, por isso desisti da faculdade a distância.


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